sexta-feira, abril 1

Um passo de gigante nas células estaminais

Investigadores descobriram como fazer as células da pele retrocederem no tempo até ao estádio embrionário. A descoberta é duplamente promissora: não só abre as portas à terapia como evita a destruição de embriões
A terapia com células é cada vez mais plausível
Investigadores britânicos e canadianos descobriram uma maneira de criar um número quase ilimitado de células estaminais que podem ser usadas com segurança em doentes, evitando o dilema ético de destruir os embriões, dos quais elas são retiradas. As células estaminais têm a capacidade de se poderem transformar em qualquer tecido do corpo, uma particularidade que levou os cientistas a acreditar que podiam ser usadas para substituir órgãos danificados e tratar doenças como Parkinson e diabetes, entre outras.
A descoberta pode ter implicações de grande alcance, pois os cientistas encontraram um meio de reprogramar células da pele retiradas de adultos, fazendo-as retroceder no tempo até chegarem à sua forma embrionária.
A pesquisa, que foi destacada pelo jornal britânico The Guardian, está a ser encarada como um progresso notável pela comunidade científica, ao mesmo tempo que é saudada pelas organizações pró-vida, que até aqui condenavam a criação destas células para posterior destruição.

Uma breve história do sangue do cordão umbilical


1983: É proposta pela primeira vez a utilização de sangue do cordão umbilical como fonte alternativa de 
células estaminais.
 1988: É realizado o primeiro transplante bem sucedido de células estaminais do cordão umbilical, para regenerar células sanguíneas e do sistema imunitário. Foi realizado em Paris num rapaz de 5 anos que sofria de anemia de Fanconi.
 1992: O New York Blood Centre cria o primeiro banco público de sangue do cordão umbilical, através de financiamentos dados pelos Institutos Nacionais de Saúde.
 1992: A University of Arizona armazena a primeira amostra de sangue do cordão umbilical especificamente para utilização familiar.
 1993: Primeiro transplante de sangue umbilical alogénico, realizado na Duke University.
 1995: Abre o primeiro banco familiar, Cord Blood Registry.
 1996: A FDA (Food and Drug Administration) lança uma nova droga ainda em investigação para o sangue do cordão umbilical, ao abrigo do Ensaio sobre Transplante de Sangue do Cordão Umbilical, patrocinado pelos Institutos Nacionais de Saúde e o Instituto Nacional do Coração, Pulmões e Sangue.
 1997: Transplante de sangue do cordão umbilical realizado com sucesso num homem de 47 anos com leucemia mielóide crónica, um tipo de cancro. Este transplante ocorreu no âmbito de um ensaio clínico utilizando células estaminais cutlivadas "ex vivo", ou seja, no exterior de um organismo vivo.
 1998: A Associação Americana de Bancos de Sangue acredita o primeiro banco familiar, o CordBlood Registry.
 1998: Médicos realizam o primeiro transplante bem sucedido para curar anemia falciforme. Keone Penn, de 12 anos, foi tratado na Emory University Department of Pediatrics. Segundo o Programa Nacional de Sangue do Cordão Umbilical, os médicos consideraram-no curado 1 ano após o tratamento.
 2000: É realizado o primeiro transplante de sangue do cordão umbilical do mundo, em que se utilizou um teste genético para garantir uma compatibilidade de 100%. O transplante ocorreu na University of Minnesota Medical Centre - Fairview Blood and Marrow Transplant Services in Minneapolis.
 2004: O Health and Human Tissue Services Appropriations Act, em 2004, garantiu os fundos necessários à criação de um Programa Nacional de Sangue do Cordão Umbilical.
 2004: O Instituto de Medicina inicia um ensaio clínico com duração de 1 ano para fazer recomendações para um programa nacional de sangue do cordão umbilical.


2005: O Instituto de Medicina publica um estudo sobre sangue do cordão umbilical, onde incluem uma recomendação de que se deve fornecer às mulheres uma perspectiva ponderada sobre as opções relativas ao sangue do cordão umbilical.
2005: O Congresso dos EUA aprova a legislação nacional sobre o sangue do cordão umbilical, o Stem Cell Research and Therapeutical Act, de 2005 (H.R. 2520), para a criação de um inventário de 150.000 amostras de sangue do cordão umbilical de alta qualidade.
 2005: Investigadores do Reino Unido descobrem células estaminais no cordão umbilical semelhantes às células estaminais embrionárias.
 2005: Mais de 6.000 transplantes de células estaminais do cordão umbilical foram realizados em todo o mundo.
 2006: Mais de 8.000 transplantes de células estaminais do cordão umbilical foram realizados em todo o mundo.
 2007: O presidente Bush emite uma ordem executiva, dirigindo os esforços dos investigadores para a busca de alernativas às células pluripotentes encontradas nos embriões. As células estaminais do cordão umbilical estão entre essas alternativas.
 2008: Mais de 12.000 transplantes de células estaminais do cordão umbilical foram realizados em todo o mundo.

segunda-feira, fevereiro 14

Um estudo revela que o sangue do cordão umbilical é uma opção viável para adultos com leucemia


Investigadores noticiaram, num estudo que pode vir a mudar a prática médica, que doentes de leucemia adultos que não conseguem encontrar um dador compatível para células estaminais do sangue periférico ou da medula óssea necessárias para o seu tratamento podem sobreviver o mesmo tempo se receberem sangue do cordão umbilical.


fonte: Bioteca

Células estaminais e medicina regenerativa (FMUP)

Faculdade de Medicina da Universidade do Porto

Tema: Células estaminais e medicina regenerativa
Aula dada por: Dr. Raquel Almeida

http://users.med.up.pt/cc04-10/biopatteoricas/Aula12_CelulasEstaminais.pdf

Transplante de células estaminais curou homem com VIH

 Timothy Ray Brown submeteu-se a uma cirurgia de células estaminais em 2007 que, segundo um estudo científico publicado no jornal "Blood", curou-lhe a infeção do VIH, com um tratamento que lhe podia ter custado a vida. 
     
Noticia completa em: 

Células estaminais embrionárias vs células estaminais adultas


De uma forma simples, e de acordo com a sua origem, podem dividir-se as células estaminais em dois grandes grupos: células estaminais embrionárias e células estaminais adultas.
As células estaminais embrionárias existem numa fase inicial do desenvolvimento embrionário, o blastocisto (3 a 5 dias após a fertilização do ovo), anterior à sua implantação na parede do útero. Estas células são pluripotentes, ou seja, podem diferenciar-se em células derivadas das diferentes camadas embrionárias (mesoderme, endoderme e ectoderme). Cada uma destas camadas dá origem a diferentes tipos de tecidos especializados.
As células estaminais adultas são células não diferenciadas que se encontram em tecidos diferenciados e especializados. Estas células têm a capacidade de se auto-renovar durante toda a vida do organismo.
Esta capacidade permite a ocorrência de processos de regeneração dos tecidos do nosso organismo, onde se encontram presentes. A medula óssea, a retina, a córnea, a polpa gengival, a pele, o fígado, o tracto gastrointestinal e o pâncreas constituem fontes de células estaminais adultas.

fonte: Cytothera

Definições de potência

As células estaminais podem se classificar de acordo com o tipo de células que podem gerar:
  • Totipotentes: podem produzir todas as células embrionárias e extra embrionárias;
  • Pluripotentes: podem produzir todos os tipos celulares do embrião, menos placenta e anexos;
  • Oligopotentes: podem produzir células dentro de uma única linhagem;
  • Unipotentes: produzem somente um único tipo celular maduro.

 fonte: Wikipédia

Extracção das células estaminais

Há duas possibilidades de extracção das células estaminais. Podem ser adultas ou embrionárias:
  • Embrionárias – São encontradas no embrião humano e são classificadas como totipotentes ou pluripotentes, devido ao seu poder de diferenciação celular de outros tecidos. A utilização de células estaminais embrionárias para fins de investigação e tratamentos médicos varia de país para país, em que alguns a sua investigação e utilização é permitida, enquanto em outros países é ilegal. O STF autorizou as pesquisas no Brasil.
  • Adultas – São encontradas em diversos tecidos, como a medula óssea, sangue, fígado, cordão umbilical, placenta, e outros. Estudos recentes mostram que estas células estaminais têm uma limitação na sua capacidade de diferenciação, o que dá uma limitação de obtenção de tecidos a partir delas.

fonte: Wikipédia